quinta-feira, 7 de novembro de 2013

KANT PARA PRINCIPIANTES - Epílogo: Os Críticos – Popper e Balmes





A realidade física existe independentemente da mente humana e é de uma natureza diferente da experiência humana - e, por essa razão, nunca poderá ser directamente apreendida, K. Popper






KARL POPPER (1902-1994): É impossível provar, definitivamente a verdade de qualquer teoria científica ou colocar toda a ciência ou toda a matemática em bases absolutamente sólidas, porque a certeza é algo que não se encontra disponível63.


Para Popper, a indução não existe.
Karl Popper propõe o seu critério de falseabilidade como critério de demarcação entre ciência empírica e não-ciência: uma teoria pertence à ciência empírica apenas se puder ser desmentida ou falseada (tornada falsa) pelos factos.

“A indução repetitiva (ou indução por enumeração), possui uma óbvia falta de validade desse género de raciocínio: nenhum número de observações de cisnes brancos é capaz de estabelecer que todos os cisnes são brancos (ou que é pequena a probabilidade de se encontrar um cisne que não seja branco). Portanto, a indução por enumeração está fora de questão: não pode fundamentar nada.

Uma ideia ingénua ligada à teoria de indução é a de que, na análise de factos, nós não devemos ter preconceitos, devemos ser uma tábua rasa. Ora, a verdade é que nós somos uma tábua plena, cheia de sinais que a tradição ou a evolução cultural deixaram escritos. Purgada de preconceitos, a mente não será mente pura, mas apenas mente vazia. Nós operamos sempre com teorias, ainda que frequentemente não tenhamos consciência disso.”


Se não for possível extrair de uma teoria consequências passíveis de verificação factual, ela não é científica64. É fácil de ver como teorias empiricamente irrefutáveis são criticáveis. Assim, por exemplo, se o determinismo kanteano é fruto da ciência da época (o mundo-relógio de Newton), e se a ciência posterior transforma o mundo-relógio num mundo-nuvem, então cai por terra aquele saber de fundo sobre o qual se erguia o determinismo de Kant, e essa derrocada leva consigo também a teoria filosófica do determinismo.


"As formas indesejáveis e indefensáveis de sociedade moderna são aquelas em que é imposto um planeamento centralizado e se proíbem as divergências. A criação e perpetuação de um estado ideal de sociedade não é uma opção para nós, porque nós temos que gerir um processo rápido e interminável de mudança65.

A sociedade aberta é dirigida por instituições que permitem a convivência do maior número possível de ideias, de ideologias, de valores, de visões do mundo, filosóficas ou religiosas. O futuro não é previsível também porque não são previsíveis os desenvolvimentos da ciência, dos quais depende, em grande parte, a ordem da sociedade."


O que se opõe à Fé não é a Razão, mas o delírio da Razão. O racionalismo - quer o do Renascimento, quer o do chamado Iluminismo do século XVIII, que originou o cientificismo moderno - é, de fato, irracional. É irracional porque não admite a fé na razão dos outros. Pois, se toda razão é limitada, se toda razão individual reconhece sua limitação, então, a razão humana é limitada. Portanto, crer na omnipotência da razão individual ou de um determinado grupo, como prega o racionalismo, o iluminismo, é um acto de fé irracional na razão66.

Diz Popper: “A atitude racionalista fundamental baseia-se numa decisão irracional, ou numa fé na razão. A fé na razão, inclusive na razão dos outros, implica a ideia de imparcialidade, de tolerância, de rejeição de toda pretensão autoritária.

A pergunta justa de teoria da política não é: Quem deve comandar?, porque nenhum homem, nenhum grupo, nenhuma raça e nenhuma classe pode arrogar-se o direito natural de domínio sobre os outros. A pergunta certa será antes: Como é possível controlar quem comanda e substituir os governantes sem derramamento de sangue?"67


JAIME BALMES (1810-1848):

As funestas teorias de Kant não poderiam deixar de provocar efeitos desastrosos. Data desde então o extravio filosófico da Alemanha: por um lado, o cepticismo mais dissolvente; por outro lado, o dogmatismo mais extravagante exposto por meio de sistemas monstruosos. 

Kant reduz toda a ciência a fenómenos sensíveis e, como a estes não confere sequer a autoridade da extensão e da sucessão, uma vez que faz do espaço e do tempo meras formas subjectivas, decorre que toda a ciência é subjectiva, sem objectividade adicional que a da mera aparência ou puramente fenomenal. Assim tudo se resume ao “Eu”; o entendimento é que confere a lei: “Não é apenas a faculdade de estabelecer leis comparando fenómenos; é mesmo a legislação para a natureza, quer dizer, sem o entendimento não existiria natureza ou unidade sintética da diversidade dos fenómenos segundo certas regras…”19

“Todos os fenómenos como experiência possível estão a priori no entendimento e dele extraem a sua possibilidade formal; de igual modo, estão a título de puras intuições na sensibilidade, e apenas por meio dela adquirem forma.”19

Quaisquer que sejam as explicações com que Kant tenha pretendido atenuar as consequências dos seus princípios, a verdade é que neles se encontra a semente do erro. O germinar dessa semente já não iria ser impedido pelo filósofo de Königsberg. No estudo das suas obras fundaram-se os metafísicos alemães; a filosofia do “Eu” estava na Crítica da Razão Pura. De Kant a Fichte vai apenas um passo68


António Campos

Descarregar PDF: https://docs.google.com/file/d/0BwCFS_WLZxTgNXY4ZVZHX0RBaDg/edit

63 Karl Popper, O realismo e o objectivo da Ciência. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1987.

A assimetria lógica que existe entre verificação e falseabilidade de uma teoria (milhões de confirmações não tornam certa uma teoria; um só facto contrário logicamente a destrói -um só pedaço de ébano que é madeira e que afunda, falseia a teoria "todas as madeiras flutuam na água"); todo o controlo sério de uma teoria se resolve numa tentativa de falseá-la.
A descoberta do erro coloca a comunidade cientifica na necessidade de propor e
pôr à prova uma teoria melhor do que a precedente, uma teoria com maior poder
explicativo e previsível.

Uma experiência, ou prova ou pressupõe sempre alguma coisa a experimentar ou a comprovar. E esse algo são as hipóteses (ou conjecturas, ideias e teorias) que inventamos para resolver os problemas.

Do ponto de vista histórico, é um dado de facto que, ao lado das ideias metafisicas que obstaculizaram a ciência, há outras que representaram fecundos programas de pesquisa (a teoria atómica de Demócrito, a ideia de um princípio físico ou elemento último, a teoria do movimento da terra, a teoria corpuscular da luz, a teoria da electricidade como fluido, etc.); e existiram metafísicas que, com o crescimento do saber de fundo, se transformaram em teorias verificáveis.

Esse facto histórico demonstra claramente que, do ponto de vista lógico, o âmbito do verdadeiro não se identifica com o âmbito do verificável.

64 A explicação do problema da indução, no método científico, efectuado por um amigo nosso, matemático:

Imagine que os geneticistas comecem a estudar um ser humano X1. Descobrem, em X1, que X1 tem a propriedade P no seu código genético. Seguidamente, descobrem que o ser humano X2 também tem a propriedade P. E o X3, X4, X5, X6,....,Xn, também. Logo, os geneticistas concluem que TODOS os seres humanos possuem a propriedade P no seu código genético.

O que aconteceu aqui não foi dedução. Foi indução. O que aconteceu, não foi um processo cognitivo lógico; isto é, NÃO há razão alguma para que isso seja verdadeiro. Ainda mais problemático, é notar que isto é um método recorrente em ciência. Na verdade está na base do método científico TODO. 

Isto é um problema filosófico chamado "Problema da Indução" que, por sua vez, ficou conhecido nas mãos de David Hume.

O que Popper tentou fazer, através do princípio de falseabilidade, foi tentar traduzir princípios de falseabilidade da lógica para o método científico.
Em lógica, quando usamos, numa afirmação, o quantificador universal “para todo” (aquele 'A' de cabeça para baixo), o que precisamos de fazer para negar tal afirmação é utilizar a negação do quantificador “para todo” que é, nesse caso, o quantificador “existe”. Por exemplo: 

P = TODO homem é mortal. 
¬P = EXISTE um homem que não é mortal.

Perceba que P e ¬P NÃO podem ser mutuamente verdadeiras. Isto é denominado, em lógica, “Princípio da não contradição”. 

Na tentativa de resolver o problema da indução, Popper aplicou estes conceitos ao método científico. O princípio da falseabilidade de Popper diz que, para uma asserção científica ser falseável, em princípio será possível fazer uma experiência que comprove tal falseabilidade. Por exemplo, a asserção "Todos os Cisnes são Negros" é falseável se encontrarmos um "Cisne Branco". É importante realçar aqui os quantificadores, "existe" (relativo à existência de um Cisne Branco) e "para todo" (TODOS os cisnes são negros).

(Perante uma afirmação ou teoria científica é possível imaginar sempre um achado que, se for encontrado, a colocará em causa, por ex: encontrar um esqueleto de Homo sapiens com a mesma datação dos primeiros esqueletos humanóides e a Teoria da Evolução, encontrar uma velocidade superior à da luz e a teoria da Relatividade, etc. Se não for possível imaginar um achado hipotético que, a ser encontrado, colocará em questão a formulação científica, então essa formulação não é de natureza científica).

Relativamente ao princípio da falseabilidade para a existência de Deus, não é no sentido empírico que as provas se dão, mas no sentido lógico. O que Plantinga69,70,71 sugere é:

O ateu tem que negar a proposição: "EXISTE um ser com grandeza máxima." De salientar aqui o quantificador "existe". Negar isso logicamente, significa atribuir o quantificador universal "para todo"; isto é, o ateu PRECISA provar a proposição "PARA TODO ser X, X NÃO tem grandeza máxima."

65 Karl Popper, Sociedade aberta, Universo aberto. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1987.

Popper critica o historicismo, ou seja, todas as filosofias que pretendem ter captado o sentido da história humana: o futuro não é previsível porque não são previsíveis os desenvolvimentos da ciência, dos quais depende, em grande parte, a ordem da sociedade.

O materialismo histórico (é a "estrutura económica" que determina a "superestrutura ideológica") é urna absolutização metafisica de um aspecto da realidade; a dialéctica é um mito; e, além disso, os próprios marxistas proibiram as componentes teóricas do marxismo, que eram científicas, de se desenvolverem como ciência, urna vez que, diante das refutações históricas da teoria, eles procuraram proteger a teoria com hipóteses ad hoc, comportando-se como o médico que, em vez de salvar o doente, procura salvar com vários subterfúgios o seu diagnóstico, matando o doente.

66 Karl Popper, A sociedade aberta e os seus inimigos, Itatiaia-Edusp., Belo Horizonte, São Paulo, 1974.

67 G. Reale, D. Antiseri, História da Filosofia, vol. III, cap. 7, O Racionalismo Crítico de Karl R. Popper, Paulus Editora, São Paulo, 2005.

Claro que o que vai na mente de Popper é a recusa de todas as formas de totalitarismo político, não a recusa de sistemas de organização política como o monárquico - Popper é Sir e cavaleiro do Império Britânico. A imparcialidade também deve ser tomada no contexto de respeito pelas crenças dos outros, pois, como escrito anteriormente, para Popper, todo o ser humano age fundado em valores ou preconceitos.  Entende-se o sentido de "Como é possível controlar quem comanda?", mas a questão encerra em si algum grau de ingenuidade. De facto, na sociedade moderna, essa é a forma de agir do poder financeiro e económico sobre o poder político, através dos mass media e do financiamento , sobretudo por meio da rede de influência das sociedades secretas.

Obviamente que Popper se encontrará mais perto do sincretismo do que de uma crença religiosa específica, mas tem o mérito de criticar o dogmatismo de Kant e dos seus sucedâneos marxistas. 

68 Jaime Balmes, Historia de la Filosofía, cap. LV, Imprenta Sáez Hermanos, Madrid, 1935: http://www.e-torredebabel.com/Balmes-Historia-Filosofia/Indice.htm  

Encontra-se esta doutrina no idealismo de Berkeley; e Kant revela-se numa passagem da sua Crítica da Razão Pura e que transcrevo como prova da minha imparcialidade e para demonstrar o estilo deste filósofo:

“Quando digo: no espaço e no tempo a intuição dos objectos exteriores e a do espírito representam estas duas coisas tal e qual como elas afectam os nossos sentidos, não quero dizer que os objectos sejam uma pura aparência, porque no fenómeno, os objectos, e as propriedades que nós lhes atribuímos, são sempre considerados como alguma coisa dada realmente; embora esta qualidade de ser dada dependa unicamente do modo de perceber do sujeito na sua relação com o objecto dado, este objeto, como fenómeno, é diferente de si mesmo como objeto em si. 

Eu não digo que os corpos pareçam simplesmente ser exteriores, o que a minha alma pareça simplesmente ter sido dada na minha consciência: quando eu afirmo que a qualidade do espaço e do tempo (mediante a qual eu ponho o corpo e a alma como sendo a condição da sua existência) existe unicamente no meu modo de intuição e não nos objectos em si mesmos, cairia em erro se convertesse em aparência pura o que devo tomar por um fenómeno; no entanto isto não ocorre se se admitir o meu princípio da idealidade de todas as nossas intuições sensíveis.

Pelo contrário, se se atribui uma realidade objectiva a todas essas formas das representações sensíveis, não se pode evitar que o todo se converta em pura aparência; porque se se consideram o espaço e o tempo corno qualidades que devam encontrar-se quanto à sua possibilidade nas coisas em si, e se se pensa no absurdo em que então se cai, uma vez que duas coisas infinitas que não podem ser substâncias, nem nada inerente às substâncias, e que são, não obstante, alguma coisa existente e até condição necessária da existência de todas as coisas, todavia subsistem, mesmo quando tudo já se encontra adicionado, e, nesse caso, não se pode censurar o excelente Berkeley por ter reduzido os corpos a uma mera aparência.”19

Admite que o mundo é uma aparência, embora não uma pura aparência. Duvido muito que Berkeley quisesse dizer mais; o filósofo irlandês não negaria a realidade dos seres que nos afectam, não negaria que os fenómenos da sensibilidade dimanassem de objectos reais; apenas queria dizer que estas coisas não eram, como nós pensávamos, objectos realmente extensíveis, o que bastava para a sua teoria idealista. 

Tudo isto admite Kant, uma vez que a extensão ou forma do espaço o reduz a um facto puramente subjectivo, a que não corresponde na realidade nada externo, excepto uma coisa em si que ignoramos o que é; por conseguinte, admite a possibilidade do idealismo, e como acrescente que a transposição do espaço para o exterior conduz a absurdos, não só admite a possibilidade do idealismo, mas mesmo a necessidade.

E, como por fim, aplica ao tempo o mesmo que ao espaço, resulta que o seu idealismo é, porventura, mais refinado que o de Berkeley, pois destrói a existência e a possibilidade não só da extensão, mas também da sucessão.





2 comentários:

  1. MANIFESTO

    Uma janela emocional que deve ser aberta aos machos (de boa saúde) que, em condições 'normais', seriam rejeitados pelas fêmeas: o Direito à Monoparentalidade em sociedades T. M.

    Já há vários anos [apesar de ser alvo de censura... e apesar de ser 'ridicularizado'...] que venho divulgando uma importante mensagem... que vai provocar UMA MUDANÇA ESTRUTURAL HISTÓRICA DA SOCIEDADE... uma autêntica revolução na sociedade:
    - o Direito à Monoparentalidade em sociedades Tradicionalmente Monogâmicas.
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    Resumindo o assunto:
    --> Já tenho dito isto muitas vezes:
    i) tal como acontece com muitos outros animais mamíferos, duma maneira geral, as fêmeas humanas são 'particularmente sensíveis' para com os machos mais fortes...
    ii) nas Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas apenas os machos mais fortes é que possuem filhos;
    iii) no entanto, para conseguirem sobreviver, muitas sociedades tiveram necessidade de mobilizar/motivar os machos mais fracos no sentido de eles se interessarem pela preservação da sua Identidade... de facto, analisando o Tabú-Sexo (nas Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas) chegamos à conclusão de que o verdadeiro objectivo do Tabú-Sexo era proceder à integração social dos machos sexualmente mais fracos; ver o blog «Origem do Tabu Sexo» (http://tabusexo.blogspot.com/).
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    P.S.1.
    É errado estar a dizer (como já alguém disse) «a Europa precisa de crianças, não de homossexuais!»... isto é, ou seja... a Europa precisa de pessoas (homossexuais e heterossexuais) com disponibilidade para criar crianças!!!
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    É UMA MUDANÇA ESTRUTURAL HISTÓRICA DA SOCIEDADE: os homens poderão vir a ter filhos... sem repressão dos Direitos das mulheres... leia-se: O ACESSO A 'BARRIGAS DE ALUGUER'...
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    Nota: Embora a monoparentalidade possa trazer alguns problemas… será sempre uma MENSAGEM DE GRANDE IMPACTO SOCIALIZADOR que se pode dirigir às crianças/jovens: «o Direito à monoparentalidade permitirá a muitos de vós ter acesso a um Direito - o de ter filhos -… Direito esse ao qual muitos de vós… dificilmente teria acesso, caso não existisse o Direito à monoparentalidade».
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    P.S.2.
    Com o declínio do Tabú-Sexo (como seria de esperar) a percentagem de machos sem filhos aumentou imenso nas sociedades tradicionalmente monogâmicas.
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    Mais, por um lado, muitas mulheres vão à procura de machos de maior competência sexual, nomeadamente, machos oriundos de sociedades tradicionalmente Poligâmicas [nestas sociedades apenas os machos mais fortes é que possuem filhos, logo, seleccionam e apuram a qualidade dos machos]... por outro lado, muitos machos das sociedades tradicionalmente Monogâmicas vão à procura de fêmeas Economicamente Fragilizadas [mais 'dóceis'] oriundas de outras sociedades...
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    P.S.3.
    Anda por aí muita conversa abandalhada: pessoal que não se preocupa com a construção duma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher)... critica a repressão dos Direitos das mulheres… todavia, em simultâneo, para cúmulo, defende que... se deve aproveitar a 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países [nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos]… para resolver o deficit demográfico na Europa!?!?!


    F.R.A.R.

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    1. COMENTÁRIO DE UM SIMPLES LEIGO AO MANIFESTO

      Introduzir um comentário completamente descontextualizado que grita aos quatro ventos posições tão respeitáveis quanto absurdas ( no mínimo ) só pode significar desespero! Suspeito que daqui ninguém lhe vai atirar nenhuma bóia de salvação. Talvez noutros fóruns ditos mais modernos e mais "machos" tenha mais sorte!
      Para terminar só gostava de lhe recordar dois pormenores. Ao contrário do que julga, o ser humano não se divide, no que diz respeito ao género, em machos e fêmeas, mas em género masculino e feminino!! Machos e fêmeas dividem-se os outros mamíferos do reino animal cujas únicas preocupações são a procriação e a perpetuação da espécie! Preocupações aliás assaz importantes e que V. Exa. não consegue almejar! Por último gostaria de lhe recordar que em todo o mundo, e não só no mundo dito ocidental, o direito a ter filhos é um direito consagrado a mulheres e a HOMENS!!! Mas... pela única via que é possível ter filhos!!! Já não nos bastava a desgraça da monoparentalidade forçada pelos acasos da vida e ainda ter que suportar bizarrias como as que V. Exa. propõe. Se considera que é um homem fraco, faça pela vida!!! Transforme-se num homem forte!!!

      PS
      Passe bem

      José Carlos Domingues

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