Folhas de Ouro, G.
K. Chesterton, 1900
Olá! Cheguei ao
Outono
Onde todas as folhas são de ouro
Cabelos cinzentos e folhas douradas clamam
Está velho o ano, e estou eu.
Na juventude procurei o príncipe dos homens,
Capitão na guerra das estrelas,
O nosso Titã; até as ervas daninhas o conhecem
Desafiador, até às estrelas.
Mas agora, uma coisa importante, na rua
Parece um acenar de cabeça humano,
Para baixo e para cima, numa estranha democracia
O milhão das máscaras de Deus.
Na juventude procurei a flor dourada
Escondida no bosque ou na charneca,
Cheguei agora ao Outono
E todas as folhas são de ouro.
Lo!
I am come to autumn,
When
all the leaves are gold
Grey
hairs and golden leaves cry out
The
year and I are old.
In
youth I sought the prince of men,
Captain
in cosmic wars,
Our Titan, even the weeds would show
Defiant
to the stars.
But
now a great thing in the street
Seems
any human nod,
Where
shifts in strange democracy
The
million masks of God.
In
youth I sought the golden flower
Hidden
in wood or wold,
But
I am come to autumn,
When all the leaves are gold.1
Tradução António Campos
1 – G. K.
Chesterton. Gold Leaves. The Wild Knight and Other Poems. Greybeards at play. 1900.
Tributo final de Walter de la Mere,
escrito para o memorial de Chesterton:
Cavaleiro do Espírito Santo, ele segue o seu
caminho,
A sua sabedoria era heterogénea; a verdade, a sua
brincadeira amorosa;
Os moinhos de Satanás mantêm-se no jogo,
A piedade e a inocência no seu coração, em repouso.
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