Economia
- A
noção de valor: Marx ligava a sua teoria de valor a tempo de trabalho. Ignorou
factores fundamentais: o mérito no desempenho, a qualificação, a ideia inovadora, o valor de assumir risco e a arte.
A arte não apenas é absolutamente desnecessária como objecto material, como o seu o valor final não depende tanto do tempo gasto pelo trabalhador na manufactura.
factores fundamentais: o mérito no desempenho, a qualificação, a ideia inovadora, o valor de assumir risco e a arte.
A arte não apenas é absolutamente desnecessária como objecto material, como o seu o valor final não depende tanto do tempo gasto pelo trabalhador na manufactura.
- O
trabalho alienado: o trabalho supõe a separação entre o produtor e o
produto do seu trabalho como condição de continuidade de desempenho. O
agricultor vende produtos agrícolas para investir em máquinas, o artista vende
as suas obras para obter as condições do seu viver diário e notoriedade. A
separação do produto do seu trabalho não é factor de limitação do trabalhador como afirmava Marx;
pelo contrário, é um factor que lhe oferece novas possibilidades e amplia os
seus horizontes.
- A
arte: a arte depende da liberdade e da inovação. Não pode ser o Estado a
definir o que é arte e qual artista subsidiar, de outro modo o artista cessa a
sua condição de artista e passa a ser um funcionário. Este é um erro que não é
exclusivo do socialismo. Uma obra de arte não serve qualquer propósito prático
e, no entanto, o seu valor aumenta ao longo do tempo. O que a distingue é a sua
particularidade, algo descartado pela mente colectivista.
- O
Estado: Nada como o socialismo evidencia tão bem que o Estado não
somos todos nós, uma falácia tão ao gosto dos políticos contemporâneos para
justificarem a sua moral "republicana". A nação somos todos nós, o Estado não. O Estado
é uma organização política, construção das elites segundo valores que lhe são
próprios, burguesas e intelectuais. Em geral, razões de Estado significam que
essa elite tem uma lógica de sobrevivência própria e não de serviço ao povo ou
a homens concretos. O Estado moderno encontra-se refém das sociedades secretas - é a "Ashlar" de Albert Pike, a pedra polida. Os iniciados deverão esquecer tudo o que os liga à sua vida (mulher, filhos, amigos, etc.), i.e., morrer para esta vida e renascer para uma nova vida como "aperfeiçoados".
- Estado
e liberdade: Um Estado que detém os circuitos de produção, emprego,
distribuição e comercialização, representa a maior tirania alguma vez
construída por uma sociedade humana, uma vez que possui o destino de cada homem
inteiramente na sua mão. Perdidos a propriedade, o sentido de risco, a inovação e a devida recompensa, os indivíduos perderão a sua motivação para o trabalho e
para a produção, conduzindo à derrocada da economia. Além disso, uma economia
de planeamento central não se consegue adaptar à realidade contingente, local e
temporalmente. A produção existe ao mesmo ritmo e desligada das reais
necessidades das pessoas concretas, rígida e alienada, obedecendo apenas a
relatórios de funcionários, que serão viciados de acordo com a conveniência.
Não existindo relação entre a procura e a oferta, por meio do preço, tudo se
torna fictício como se a vida das pessoas fosse apenas o que se vê escrito num
pedaço de papel por um funcionário do partido único.
O marxismo esquece que o trabalhador é
simultaneamente consumidor. Numa sociedade capitalista, o consumidor determina
a natureza dos produtos que prefere consumir, orientando por sua vez a
actividade do produtor e o seu sucesso. Desse modo, o trabalhador norteia a
actividade do proprietário dos meios de produção.
A moral: Abolido Deus, a moral fica entregue
ao Estado. Abolido o multipartidarismo é impossível a crítica, uma vez que o
partido único não permite oposição. Um governo que tudo fornece é incapaz de
fornecer uma oposição. A moral torna-se relativista e em permanente mudança
conforme as intenções do Estado. Sem crítica não existe aperfeiçoamento. Um
Estado socialista está em grande medida condenado à estagnação tecnológica. É
uma ironia. A sociedade cuja dialética mais dependeria do progresso é aquela
onde o progresso é menos possível.
Grande parte do progresso económico de
uma sociedade depende do investimento privado e do investimento estrangeiro.
Uma sociedade fechada a ambos não só perde duas importantes molas de
desenvolvimento e inovação, como perde as receitas resultantes de impostos que
poderiam ser aplicados em prol do bem comum.
Filosofia e Teologia – O materialismo
dialético
O socialismo resulta da ideia
fundamental de Feuerbach de que o único Deus que existe é o homem e que toda a
história de Deus é um antropomorfismo. Deste materialismo resultam ideias
fundamentais:
1 – O homem é uma máquina.
(Mas convém não esquecer a questão fundamental de “quem dirige a máquina?”. Um automóvel tem vários órgãos que explicam o seu funcionamento e pode ter até um computador de bordo, mas alguém tem que conduzir o automóvel, alguém tem que colocar a equação no computador. Mais importante ainda, alguém teve que fazer o automóvel porque um automóvel não se faz a si próprio).
(Mas convém não esquecer a questão fundamental de “quem dirige a máquina?”. Um automóvel tem vários órgãos que explicam o seu funcionamento e pode ter até um computador de bordo, mas alguém tem que conduzir o automóvel, alguém tem que colocar a equação no computador. Mais importante ainda, alguém teve que fazer o automóvel porque um automóvel não se faz a si próprio).
2 – O pensamento e as ideias resultam de secreções (neurotransmissores) no cérebro apenas.
(Os materialistas adoram simplificações. Claro que esta noção não explica como têm os seres humanos inspiração tão diferente, possuindo basicamente as mesmas estruturas cerebrais, as mesmas áreas, e os mesmos neurotransmissores. Os homens não respondem de forma igual a estímulos semelhantes – basta observar o aproveitamento dos alunos numa escola. Contrariamente ao que dizia Bertrand Russel, a diferença de reacção entre uma pedra e um homem não é apenas de grau, é de qualidade. Nas pedras existe uma relação causa-efeito clara; no homem nem sempre é assim, o mesmo estímulo pode originar respostas esperadas ou diferentes e inesperadas. Ou que fenómenos desencadeiam a libertação de tais neurotransmissores - o materialismo equaliza o mecanicismo fisiológico à origem dos fenómenos).
(Os materialistas adoram simplificações. Claro que esta noção não explica como têm os seres humanos inspiração tão diferente, possuindo basicamente as mesmas estruturas cerebrais, as mesmas áreas, e os mesmos neurotransmissores. Os homens não respondem de forma igual a estímulos semelhantes – basta observar o aproveitamento dos alunos numa escola. Contrariamente ao que dizia Bertrand Russel, a diferença de reacção entre uma pedra e um homem não é apenas de grau, é de qualidade. Nas pedras existe uma relação causa-efeito clara; no homem nem sempre é assim, o mesmo estímulo pode originar respostas esperadas ou diferentes e inesperadas. Ou que fenómenos desencadeiam a libertação de tais neurotransmissores - o materialismo equaliza o mecanicismo fisiológico à origem dos fenómenos).
3 – As máquinas portar-se-iam como um
organismo em evolução determinística, como se tivessem vida própria e moldassem
as ideias humanas – são as forças de produção material ou meios de produção .
Do ponto de vista económico podem chamar-se meios de produção, mas do ponto de vista filosófico só podem ser chamadas máquinas ou forças de produção material.
A ideia de Marx era a de que as forças de produção material é que condicionavam o evoluir histórico. O moinho manual teria produzido o feudalismo; o moinho motorizado teria produzido o capitalismo; outras máquinas viriam que produziriam o socialismo. Marx acreditava que as máquinas evoluiriam deterministicamente, afectando a mente do homem como se fossem organismos – é o materialismo dialético.
Marx rejeita que as máquinas sejam produto das ideias e da inteligência humana. Marx, tal como Hegel, julga que tudo o que é particular é uma abstracção. O homem é um acidente, um micróbio, um espelho; a realidade são as forças de produção material. Aquilo que em Hegel era Geist, em Marx é matéria. A evolução mecanicista do universo tinha conferido à matéria a forma de se organizar em formas de inteligência (homem) e em máquinas.
Do ponto de vista económico podem chamar-se meios de produção, mas do ponto de vista filosófico só podem ser chamadas máquinas ou forças de produção material.
A ideia de Marx era a de que as forças de produção material é que condicionavam o evoluir histórico. O moinho manual teria produzido o feudalismo; o moinho motorizado teria produzido o capitalismo; outras máquinas viriam que produziriam o socialismo. Marx acreditava que as máquinas evoluiriam deterministicamente, afectando a mente do homem como se fossem organismos – é o materialismo dialético.
Marx rejeita que as máquinas sejam produto das ideias e da inteligência humana. Marx, tal como Hegel, julga que tudo o que é particular é uma abstracção. O homem é um acidente, um micróbio, um espelho; a realidade são as forças de produção material. Aquilo que em Hegel era Geist, em Marx é matéria. A evolução mecanicista do universo tinha conferido à matéria a forma de se organizar em formas de inteligência (homem) e em máquinas.
No entanto, a forma como Marx explica as ideias de
Locke como tendo origem em interesses de classe, contradiz a sua premissa de que as ideias humanas surgem apenas a partir das forças de produção
material.
Para Marx um ser humano é obrigado a pensar, pelas forças de produção material, de tal forma que as suas ideias reflictam os seus interesses de classe. Os interesses são independentes da mente e das ideias. As máquinas de cada época moldariam o mundo, tal como moldariam as ideias humanas.
Dizer que um homem é determinado pela sua época, seria o mesmo que dizer que um homem é o produto das máquinas da sua época, i. e., pelo estadio de organização da matéria na sua época..
Para Marx um ser humano é obrigado a pensar, pelas forças de produção material, de tal forma que as suas ideias reflictam os seus interesses de classe. Os interesses são independentes da mente e das ideias. As máquinas de cada época moldariam o mundo, tal como moldariam as ideias humanas.
Dizer que um homem é determinado pela sua época, seria o mesmo que dizer que um homem é o produto das máquinas da sua época, i. e., pelo estadio de organização da matéria na sua época..
Cada classe social é uma espécie de ser
orgânico que reflecte nas suas unidades constituintes, i.e. cada indivíduo
humano, basicamente as mesmas ideias. Os diferentes indivíduos dentro da mesma
classe social são apenas acidentes, o organismo verdadeiro é a classe social.
A heterogeneidade de pontos de vista (interesses) dentro de uma classe social apenas revela as características particulares da classe social. Se não forem o indivíduo a, b ou c a exprimirem esses pontos de vista, fá-lo-ão os indivíduos x, y ou z, uma vez que os interesses são espelho da classe social e não dos indivíduos componentes.
Como os interesses existem independentemente das ideias, as ideias não são verdadeiras. Então a ideologia exprime apenas o pensamento de cada classe. Não existe uma lógica comum a todos os homens; cada classe social possui a sua lógica.
A heterogeneidade de pontos de vista (interesses) dentro de uma classe social apenas revela as características particulares da classe social. Se não forem o indivíduo a, b ou c a exprimirem esses pontos de vista, fá-lo-ão os indivíduos x, y ou z, uma vez que os interesses são espelho da classe social e não dos indivíduos componentes.
Como os interesses existem independentemente das ideias, as ideias não são verdadeiras. Então a ideologia exprime apenas o pensamento de cada classe. Não existe uma lógica comum a todos os homens; cada classe social possui a sua lógica.
Para Marx a evolução das máquinas (forças
de produção material) é a mesma coisa que a evolução do espírito ou da História
para Hegel. A História teria sempre o mesmo percurso, fosse
com os protagonistas que conhecemos ou com outros. O mérito do protagonista é
apenas expressar o sentido da História ou, neste caso, expressar os interesses
de classe, como se fosse um médium, uma correia de transmissão.
A influência darwinista fez Marx pensar
que o homem era apenas um animal com instintos e que a evolução das máquinas daria conta e todo o tipo de trabalho, sem especialização humana – no futuro todos os
homens seriam generalistas.
O materialismo dialético despreza o papel da mente humana e vê as máquinas como a origem do desenvolvimento histórico. A mente humana faria apenas eco do desenvolvimento das máquinas que se portariam como um organismo colectivo inteligente.
(Marx sempre ignorou que as máquinas têm origem na mente humana! Pelo contrário, afirmava que as máquinas é que dirigiam a mente humana. A matéria seria um organismo inteligente e as máquinas seriam o seu alter ego).
O materialismo dialético despreza o papel da mente humana e vê as máquinas como a origem do desenvolvimento histórico. A mente humana faria apenas eco do desenvolvimento das máquinas que se portariam como um organismo colectivo inteligente.
(Marx sempre ignorou que as máquinas têm origem na mente humana! Pelo contrário, afirmava que as máquinas é que dirigiam a mente humana. A matéria seria um organismo inteligente e as máquinas seriam o seu alter ego).
As ideias fundamentais de O Manifesto são “classe” e “conflito de
classe”,. No entanto, Marx nunca definiu o que era classe social! No terceiro volume de
O Capital, que ficou incompleto por Marx ter parado de o escrever muitos anos
antes da sua morte, apenas se refere o que não é uma classe.
A única ideologia verdadeira existirá
apenas quando não houver classes sociais.
Como o proletariado é a única classe que subsistirá no mundo em que não houver classes sociais (o comunismo), as ideias actuais do proletariado (que se encontra na dialética socialista), as vanguardas iluminadas, são as únicas que exprimem a verdade.
Não existe nenhuma lógica verdadeira, excepto a do proletariado iluminado que é a lógica do futuro.
(Os nacionais socialistas pegaram nesta ideia para exprimir a ideia que cada raça tinha a sua lógica, mas só a raça ariana possuía a lógica verdadeira…É o problema da lógica: depende da premissa!).
Como o proletariado é a única classe que subsistirá no mundo em que não houver classes sociais (o comunismo), as ideias actuais do proletariado (que se encontra na dialética socialista), as vanguardas iluminadas, são as únicas que exprimem a verdade.
Não existe nenhuma lógica verdadeira, excepto a do proletariado iluminado que é a lógica do futuro.
(Os nacionais socialistas pegaram nesta ideia para exprimir a ideia que cada raça tinha a sua lógica, mas só a raça ariana possuía a lógica verdadeira…É o problema da lógica: depende da premissa!).
Num panfleto que não teve a coragem de
publicar em vida chamado Valor, Preço e
Lucro, Marx afirmava que os sindicatos não se deviam bater por melhorar as
condições dos trabalhadores, mas sim por incutir neles uma mente revolucionária
que só seria alcançada pela degradação das condições de vida e de trabalho.
(Esta crítica de Marx aos sindicatos, um homem que não pertencia ao proletariado, deita por terra toda a essência das suas ideias. O pai criticava a classe que não pode errar!).
(Esta crítica de Marx aos sindicatos, um homem que não pertencia ao proletariado, deita por terra toda a essência das suas ideias. O pai criticava a classe que não pode errar!).
Toda a gente depende de ideologia, mas
segundo Marx existe uma classe de homens, os intelectuais “independentes” que
possuem um especial privilégio – o de descobrir verdades que não são ideologia.
(Esta ideia foi o substrato da sociologia do conhecimento de Karl Mannheim, desenvolvida a partir das ideias de Hitler).
(Esta ideia foi o substrato da sociologia do conhecimento de Karl Mannheim, desenvolvida a partir das ideias de Hitler).
Portanto, as máquinas não resultam das
ideias do homem, os interesses de classe é que geram ideias (que é o contrário
de dizer que o homem pensa de acordo com os seus interesses), só há uma classe
social certa, todos os indivíduos da classe social certa pensam da mesma
maneira e existe apenas uma ideia verdadeira – é um totalitarismo mecânico!
Foi efectuado um esforço de
simplificação para que esta filosofia fosse apreendida pelas “massas”: Tudo
depende de condições económicas. A história humana é a história das forças de
produção material. A evolução das máquinas muda tudo o resto (a
superestrutura).
Mas Marx sempre recusou a discussão
intelectual. Em vez de tentar desarmar os argumentos dos seus oponentes, sempre
respondeu que o que era necessário era expor a sua origem burguesa. Os
opositores às suas ideias seriam apenas burgueses (tal como ele era).
Isto significava que ninguém de origem
burguesa estaria em condições de escrever algo sobre o socialismo, o que
conduziu à moda de todos os escritores tentarem provar a sua origem proletária.
É estúpido pensar que as pessoas inovam a pensar em coisas meramente práticas e
não na verdade das coisas. Em que coisa prática teria pensado Newton quando
levou com a maçã, ele que foi um entre milhares que foram atingidos por maçãs?
Ah, claro, esquecemos que Newton também tinha um passado “de classe”, portanto
provavelmente tudo o que disse não corresponderia de modo algum à verdade.
É uma hipocrisia porque as ideias de
Marx surgem de um homem que é filho de um famoso advogado casado com a filha de
um militar de alta patente prussiana, irmã do chefe da polícia de toda a
Prússia. Engels era dono de várias fábricas na Prússia e de uma fábrica em
Manchester; era conhecido por participar nas famosas caçadas à raposa em
Inglaterra com a sua jaqueta vermelha, um conhecido passatempo dos ricos. Engels
recusou casar com a sua companheira porque ela era mais pobre do que ele. Saint-Simon,
o fundador do socialismo francês era descendente de uma família famosa de
duques e condes.
As ideias de Marx e Engels não surgem a partir dos interesses do proletariado, portanto são falsas pelos seus próprios parâmetros. Se, como diz Marx, na etapa final do socialismo alguns burgueses se juntam ao proletariado, isso não tem efeitos retroactivos nas suas ideias e desautorizam a sua lei filosófica geral.
As ideias de Marx e Engels não surgem a partir dos interesses do proletariado, portanto são falsas pelos seus próprios parâmetros. Se, como diz Marx, na etapa final do socialismo alguns burgueses se juntam ao proletariado, isso não tem efeitos retroactivos nas suas ideias e desautorizam a sua lei filosófica geral.
Se os proletários pensam
necessariamente segundo os “interesses” ou “espírito” da sua classe, qual o
significado de haver dissensões entre eles?
Quando existem dissensões entre o
proletariado estamos perante “traidores sociais”. Será um “eu discordo
daquilo que penso!” É um conceito semelhante ao dos racistas: se todos os
alemães têm necessariamente as mesmas ideias, o que dizer de típicos alemães
que não expressam essas ideias? E quem decide sobre quem é portador das
verdadeiras ideias alemãs?
A voz interior!
É a última instância. Tal só pode conduzir à intolerância e à guerra – é a genética do socialismo.
Existiam dois grupos de russos que se consideravam proletários: os bolcheviques e os mencheviques. O único modo de esclarecerem as diferenças foi pela guerra e aniquilação. Os bolcheviques venceram. Entre os bolcheviques houve diferenças de opinião entre Trotsky e Estaline. O meio de resolver as diferenças foi a purga. Trotsky foi assassinado em 1940.
É a última instância. Tal só pode conduzir à intolerância e à guerra – é a genética do socialismo.
Existiam dois grupos de russos que se consideravam proletários: os bolcheviques e os mencheviques. O único modo de esclarecerem as diferenças foi pela guerra e aniquilação. Os bolcheviques venceram. Entre os bolcheviques houve diferenças de opinião entre Trotsky e Estaline. O meio de resolver as diferenças foi a purga. Trotsky foi assassinado em 1940.
Augusto Comte foi secretário de
Saint-Simon de 1817 a 1824. Dizia que existia apenas um princípio absoluto, o
de que tudo é relativo. Criou a “Religião da Humanidade” em que descartava a
teologia e a metafísica. Dizia que a liberdade tinha sido útil no passado
porque lhe tornara possível publicar os seus livros; agora que estavam
publicados não existiria mais necessidade de liberdade. Comte tem o lema da sua
“seita”, os positivistas, na bandeira da maior nação católica do mundo: “Ordem e Progresso”.
Em 1917 Nikolai Bukharin escreve que a
liberdade tinha sido necessária no passado porque os bolcheviques se
encontravam na oposição e necessitavam da liberdade para alcançar o poder.
Conquistado o poder, não existiria mais necessidade de liberdade. Bukharin foi
executado em Moscovo na purga de 1938. Se Bukharin vivesse no mundo ocidental
teria possivelmente a liberdade de escrever panfletos idiotas sobre como não
necessitamos de liberdade…
Marx sempre considerou utópicos os que
pretenderam explicar o socialismo, tornando-o popular. O paraíso futuro não se
explica, constrói-se. Para Marx o socialismo era inevitável, nada tinha que ver
com a conquista das pessoas. Mas em 1859 forma o partido socialista que advoga
o terror revolucionário e a implantação do socialismo pela infiltração e pela
força, pelo derrube de governos legítimos por meio da subversão social. Marx e
Engels decidiram dar uma ajudinha ao determinismo…
Conclusão
Não existiu um levantamento do
proletariado em todas as nações, mas sim estado contra estado na primeira e segunda
guerras mundiais. Os proletários de todo o mundo têm menos em comum que os
homens alemães ou portugueses entre si, independentemente da classe social.
Os trabalhadores dos países
industrializados não ficaram mais pobres por via do seu trabalho alienado, mas
mais ricos. O socialismo não triunfou nas nações mais desenvolvidas ou mais
instruídas, mas na atrasada e rural Rússia, após uma guerra civil de 3
anos, com o apoio da Alemanha (em guerra com a Rússia) e do capital
internacional. Nos dias de hoje triunfa apenas na atrasada e pobre América
Latina e no Extremo Oriente mais pobre. E é muito questionável que o homem necessite mais de valores materiais
do que de valores imateriais, que aprecie mais a sua empresa do que a sua
mulher, que dê mais facilmente a vida por um iluminado membro do partido do que
por um seu filho, que prefira sempre obter mais um par de botas do que assistir
a um concerto musical.
O marxismo é uma coisa do passado.
Ficou terminado em 1859, ano em que Marx e Engels cessaram de acreditar na
inevitabilidade do comunismo por meios pacíficos e passaram a advogar o terror.
Lenine limitou-se a atacar adversários e a contribuição de Estaline foi nula.
Pelos próprios parâmetros de Marx, o marxismo deve ser descartado. Mas para
quem considera que só olhando o passado se pode precaver o futuro, o marxismo
deve ser estudado, para se entender como a mente humana pode tão facilmente
resvalar para o absurdo.
Existe uma outra razão: o marxismo (e os seus crimes) teve sempre uma atitude de tolerância por parte das elites. Podemos pensar se a idolatria das máquinas, a educação de um ser humano como máquina, a clonagem humana, o controlo de todas as circunstâncias da vida particular por parte do Estado, a concentração da propriedade, o combate à religião revelada e a uma moral universal, não continuarão na ordem do dia...
(Parte significativa deste texto é uma reflexão e sinopse sobre as aulas de Ludwig von Mises).
Existe uma outra razão: o marxismo (e os seus crimes) teve sempre uma atitude de tolerância por parte das elites. Podemos pensar se a idolatria das máquinas, a educação de um ser humano como máquina, a clonagem humana, o controlo de todas as circunstâncias da vida particular por parte do Estado, a concentração da propriedade, o combate à religião revelada e a uma moral universal, não continuarão na ordem do dia...
(Parte significativa deste texto é uma reflexão e sinopse sobre as aulas de Ludwig von Mises).
António Campos
Sem comentários:
Enviar um comentário