Não mais pelos desertos do silêncio
Ele emitirá o seu grito de revolta
Desde a ambição decaída da cama ardente
Ao plácido trono de Deus no alto.
Cessará o serpenteio nas clareiras do Éden
Onde regatos de safira deslizam,
E sussurra ao ouvido do homem
A precoce sedução do orgulho.
Cessará o delicado pavonear-se e o escárnio
Com que ele se passeia entre a multidão,
Chama mal ao bem e louco ao justo,
E avalia mal todas as coisas.
Agora caminha com uma graça subtil
E vê bem em tudo o que o homem vê,
Para a falsidade e a justiça lança um olhar igual
Com olhos de caridade.
G. K. Chesterton,
tradução António Campos
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